A CAPA
Com a finalidade de armazenar energias, a capa, nas
indumentárias dos mestres e ninfas do Amanhecer, funciona como verdadeira
bateria nos Sandays e na Estrela Candente, evitando que se percam as energias
do trabalho. Elas ficam ali, sob a capa, e são usadas na medida das
necessidades.
Nos Abatás, por exemplo, elas são armazenadas quando o médium
faz sua emissão e canto, para logo começarem a ser liberadas, conduzidas pelos
Cavaleiros da Legião de Mestre Lázaro, até que se esgotem totalmente. Por isso,
não há encerramento, sendo todos liberados tão logo se encerre o trabalho.
Já na Estrela Candente, as energias ficam sob as capas até
que seja feita a entrega delas na Pira. Por isso o médium que faz uma Escalada
não pode, sob pena de perder todo o seu trabalho, tirar sua capa antes de
entregar a energia no Templo ou, se for o caso, no Turigano.
As ninfas, após a
consagração da Centúria, podem usar um forro de renda em sua capa. A renda poderá
ser da cor da sua Guia Missionária ou, caso ainda não a tenha recebido, da cor
de sua preferência.
A capa forrada obriga o uso de pente e luvas.
Nos comandos dos Sandays os mestres usam obrigatoriamente
suas capas
O COLETE
O colete ou escudo é, também, considerado uma arma do Jaguar,
pois lhe dá proteção, guarnecendo toda sua caixa torácica, deixando livres,
apenas, os fluxos de seus chakras.
Os símbolos do Apará ou Doutrinador, em suas costas, apenas
identificam a mediunidade de quem o usa.
Mas, à frente, deve conter o crachá com a identificação e
classificação do médium, os broches indicadores de suas conquistas (Povo, Xingu
Autorizado, Adjunto, etc.), o Radar de Centurião e, o que é mais importante,
uma Estrela de seis pontas, contendo um símbolo de nosso permanente alerta – os
Olhos de Pai Seta Branca, que nos vigiam e observam em todos os lugares e em
todos os momentos de nossa jornada -, um Sol e uma indicação, com o sinal de
divisão, para os Doutrinadores, ou de multiplicação, para os Aparás,
representando seu papel na manipulação das forças universais.
FITA ROXA
No início da jornada missionária de Tia Neiva, ainda na UESB, a cada passo, os Mentores davam provas de sua existência, para aumentar sua fé e lhe ensinar os trajetos e os princípios doutrinários.
A primeira prisão espiritual, ocorrida na UESB, em 1961, não
se deu para “pedir um bônus em Cristo Jesus”, como nos dias de hoje, e sim,
para dar uma lição a quem fizesse por merecer.
O som do “gongo”, tocado do centro do pequeno acampamento, já
causava um arrepio em grande parte dos médiuns, principalmente os menos
tolerantes...
Todos os presentes, onde quer que se encontre, tinham que se
dirigir a Tia Neiva, que já os esperava incorporada em Mãe Yara.
Passavam por ela, e os “escolhidos”, por baixarem o seu
padrão vibratório, ferindo assim a Conduta Doutrinária, recebiam de Mãe Yara
uma “fita roxa” com a inscrição “REBELDE” e sua “sentença”, que correspondia ao
tempo que deveriam ficar com aquela “medalha”.
Além da vergonha em usar a tal fita, espiritualmente Mãe Yara
colocava uma “luz rosa” na aura do médium, que já saia dali “com dor de dente”.
Era o chamado “coro” que o médium rebelde recebia durante o tempo de
permanência com aquela “luz”. Durante este período o médium não podia se
afastar do acampamento, tendo permissão para somente tirar a fita ao deitar-se
para dormir.
Lembro-me de uma passagem, a mim relatada (na época da Uesb
eu não era nem projeto de encarnação... rsrs), em que Tia, após
desincorporar observou uma série de pequenos risos, e quis imediatamente saber
quem tinha sido o “premiado”, de quem já estavam debochando... Foi então que
percebeu, pregada em seu vestido, a bendita fita roxa... Nem ela escapava!
Tudo em nossa Doutrina foi sendo conquistada a base de
provas, que as Entidades mostravam diariamente na vida dos médiuns. No início
da vida mediúnica de Tia, e dos que a acompanhavam, diversos fenômenos e lições
eram recebidos diariamente, gradativamente atestando a veracidade das coisas do
Céu.
Com muita simplicidade e muitas provações nossa Doutrina
cresceu, até atingir seu patamar iniciático e cabalístico.
Vinte anos depois da “Fita
Roxa”, a carta “O Anodaê da Legião” (1981) inicia a implantação definitiva
do Trabalho de Prisão. Reafirmado depois com a carta “Pequenos Detalhes”, em
outubro de 1983.
Em um sistema já diferente da antiga fita roxa e próximo do
que temos hoje, que foi aperfeiçoado pela Clarividente, inclusive com dois
formatos de libertação: Aramê e Julgamento.
Com a presença de Tia, inicialmente os prisioneiros eram
escolhidos por ela e muitas vezes recebiam suas histórias, das passagens a qual
estavam reajustando.
Conforme a quantidade de prisioneiros aumentava, a historia
individual de cada um foi deixando de ser contada, e Tia passou a entregar uma
rosa de seu “Sétimo” acompanhada de duas pequenas mensagens diferentes, uma
para as Ninfas e outra para os Mestres.
Às Ninfas recebiam o “Príncipe” e esta mensagem:
Querida Filha, Salve Deus!
Que a sua força, juntamente com essa Amacê que você tem
agora, possa emanar esses irmãozinhos, caindo sobre eles como pétalas de rosas
que irão despertá-los para uma nova vida, bálsamo sagrado que irá iluminar as
Trevas em que estão perdidos, tirando o ódio e o rancor de seus corações e
fazendo com que tenham novamente esperança, amor e equilíbrio.
Assim como no passado você foi instrumento de suas aflições e
injustiças, que hoje, evoluída, possa ser o instrumento da libertação - deles e
sua - graças a essa feliz oportunidade que nosso querido Pai Seta Branca lhes
proporcionou.
Estamos felizes com todo esse maravilhoso trabalho e pedimos
ao Divino e Amado Mestre Jesus que envolva a todos com o Seu Sagrado Manto,
para que a Luz e o Amor os acompanhem e nós nessas novas jornadas.
Salve Deus!
Tia Neiva
Os Mestres recebiam o “Príncipe” e esta mensagem:
Salve Deus, meu Filho Jaguar!
És consciente das vidas transcendentais deste mundo físico em
que vivemos já ocupamos outros corpos, em que já caminhamos em outras trilhas,
onde já subimos e descemos na esperança de um novo comportamento e, no entanto,
mais uma vez nos emaranhamos e nos fizemos cobradores e cobrados.
A Justiça de Deus nos permite a graça, nesta feliz
oportunidade, de sermos prisioneiros dos Cavaleiros de Oxossi e das Grandes
Legiões. E hoje, filho, escolhido pelo teu Cavaleiro, te libertas daqueles que
impediam teus passos no progresso de tuas vidas material e espiritual, e de
muito no teu quadro sentimental.
É tudo que posso dizer!
Filho, não precisas saber especificamente o que fostes. Só
digo que os anjos e os santos espíritos, que já se libertaram dos seus destinos
cármicos, nunca serão prisioneiros no mundo das Legiões.
Esta pequena flor é um “Príncipe Imantrado”, que eu preparei
na Alta Magia para ti. Guarde-a e, se possível procure levá-la sempre contigo.
Alerta, filho!
Continue a lutar, tirando os bons proveitos desta libertação,
porque, filho, só cai aquele que não está seguro em si mesmo.
Partirás daqui sem a perseguição destes que foram suas
vítimas do passado!
Tia Neiva
AS MORSAS
01 - MORSAS DO UNIFORME DE JAGUAR
São aquelas cruzes que, no uniforme de Jaguar, estão
colocadas lateralmente, nas mangas das camisas e das blusas, formando um ponto
de captação de energias. Recebem as forças diretamente de Tapir, de uma região
chamada Campo das Morsas. Não há como realizar um trabalho equilibrado se o
médium estiver sem elas. Pelas morsas chega uma força individualizada, dosada
de acordo com as necessidades do trabalho e as condições apresentadas pelo
médium, independente de sua vontade e não sofrendo qualquer influência,
impregnação ou interferência dos espíritos encarnados ou desencarnados.
02 - MORSAS DA CRUZ DO CAMINHO
São panos brancos que são colocados no pescoço do
Doutrinador, na Cruz do Caminho, e devem ficar com suas pontas caídas nas
palmas das mãos, devendo ser cruzadas quando o Comandante pedir. A função delas
é provocar um enfraquecimento da corrente de incorporação, porquanto não há
incorporação do Povo das Águas, mas sim, uma passagem das energias, diminuindo
muito a sensibilidade do Apará a alteração do fluxo da energia provocada pelo
cruzamento das morsas.