A
incorporação é o fenômeno pelo qual uma entidade utiliza um médium em toda sua
totalidade, isto é, seu cérebro, sua coordenação motora, sua voz, seus gestos,
para se comunicar.
Tanto
pode ser um Espírito de Luz como uma poderosa entidade das Trevas, um sofredor
ou um obsessor.
Nos
trabalhos do Templo, as incorporações são controladas pela força de IFAN (*), o
Cavaleiro Ligeiro.
A
energia de incorporação se projeta no plexo solar ou Sol Interior (*) do médium
Apará e se escoa pelos chackras umerais (*), onde se aplica o passe magnético
para eliminação de resíduos após uma incorporação.
Existe
muita discussão em torno da veracidade desse fenômeno, principalmente por parte
de pessoas que se dizem doutoras em Bíblia e alegam não ser esta uma manifestação
dos santos espíritos.
Como
poderíamos interpretar, então, o que descreve:
Isaías
(XX, 2):
“Naquele
tempo, falou o Senhor por intermédio de Isaías, filho de Amós” e, também,
Ezequiel
(II, 2):
“E o
espírito entrou em mim, depois que me falou e me pôs em pé, e ouvi o que ele
dizia” senão como puros exemplos de incorporações?
Na
nossa Doutrina, o médium de incorporação é o Apará (*), que pode ser consciente
ou semiconsciente. É muito difícil, raro mesmo, aquele que é inconsciente.
A
faculdade mediúnica é força própria, individual, e cada um a pratica à sua
própria maneira, sendo responsável pelos seus atos mediúnicos e sabendo que seu
corpo lhe pertence. Nenhum espírito - de Luz ou Inluz - usará o corpo de um
médium sem a permissão deste. Mesmo em casos aparentemente sem o conhecimento
do médium, uma permissão é dada pelo seu subconsciente, movido pelo amor
incondicional, para acontecer a manifestação.
A
percepção do médium, sua sensibilidade e seu magnético animal controlam sua
incorporação e isso ocorre de forma tão refinada e discreta em alguns casos que
é confundida com inconsciência.
A
incorporação é acompanhada da vibração do espírito que incorpora, e por ela o
Doutrinador sente como deve agir, e caso se trate de um irmão Inluz, como fazer
a sua doutrina e o momento preciso de fazer sua elevação. Da mesma forma
que Deus permite as comunicações de espíritos elevados, para nos orientarem e
instruir e, permite aquelas de espíritos sem Luz, que procuram nos
induzir aos erros e às mentiras, testando nosso amor e nossa confiança na
Doutrina.
Em
muitas ocasiões, nos Tronos, um espírito Inluz incorpora e passa a agir e falar
como se fosse um Mentor. O Doutrinador, atento e harmonizado, vai sentir a
diferença, e só lhe cabe fazer a elevação daquele espírito.
Na 1a.
Epístola de João (IV, 1) nos é dito:
“Caríssimos,
não creiais a todo espírito, mas examinai se os espíritos são de Deus, porque
são muitos os falsos profetas que se levantam no mundo!”
Com
isso, nos alerta para que, especialmente os Doutrinadores, devidamente
mediunizados, possam estar certos de com quem estão lidando. Por
ação de irmãos das Trevas podem ocorrer mistificações, o que geralmente é
alheio à vontade ou controle do médium de incorporação. Por isso o Doutrinador
deve estar mediunizado e alerta para lidar com espíritos dessa natureza, com
caridade e compreendendo que aquele irmão deve ser tratado com muita
sinceridade e muito amor, aplicando-lhe uma doutrina equilibrada e emanando paz
e compreensão, até sentir o momento preciso para fazer a elevação.
Existem
muitos casos de incorporações descontroladas, pois é um fenômeno milenar e
poucos os que se preocupam em aprimorar suas faculdades mediúnicas,
disciplinando a manifestação dos espíritos.
A
maioria de brigas e violências são frutos de incorporações descontroladas, ação
de espíritos das Trevas que se manifestam em condições propícias em bares,
presídios, festividades e movimentos que envolvem muitas pessoas,
descontrolando seus participantes e os envolvendo em sangrentos conflitos, de
onde aqueles espíritos sugam o fluido magnético animal que os alimenta e dá
força.